Destaques e Experiências

“Aprendemos quando compartilhamos experiências.” (John Dewey)

     Nessa sessão do nosso blog você encontrará casos de sucessos profissionais, pessoais e experiências de vida. Nosso propósito é trazer motivação para o seu caminhar através das experiências aqui relatadas.

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Entrevista com Luciana Marx, Pedagoga formada pelo Unifeso no ano de 2013.

 

1- Porque você escolheu o curso de Pedagogia da UNIFESO?

 

    A escolha inicial foi pela instituição, e não necessariamente pelo curso. Vou explicar: Em 2009 eu fiz ENEM para concorrer a uma bolsa do PROUNI. Dentre as escolhas de curso de graduação para a concorrência a bolsa que havia nessa Instituição, eu optei pelo curso de Pedagogia. Dias depois obtive o resultado que havia sido contemplada com a bolsa. Mesmo inicialmente não ter sido o curso que imaginei fazer, eu me empenhei ao máximo e segui em frente. Hoje não me vejo fazendo outra coisa sem ser dar aula. (risos)

 

2 - O que te motivou a escolher o curso de pedagogia?

 

    Conforme mencionei, não houve uma motivação inicial. Mas posso falar da minha motivação posteriormente, e agora, frequentemente. (risos) A pedagogia me fez perceber o quão somos influenciados pela educação. E isso pode ser problema se pensamos em uma educação que molda o sujeito. Mas se pensarmos em uma educação que permita que o sujeito seja um ser que pensa criticamente sobre o mundo em que vive, com certeza vale muito a pena educar. Isso é que me motiva.

 

3- Como você se vê diante do que já sabe e do que precisa aprender?

 

    Vejo-me como alguém que aprendeu muito, mas que ainda tem muito para aprender! O conhecimento é algo que construímos e não algo querecebemos pronto. Acredito que adquiri uma excelente formação inicial que me deu a base necessária para as escolhas profissionais que tomarei daqui para frente. E esse é o papel do educador!

 

4- No período de sua formação, relate experiências que marcaram positivamente e negativamente? Sabemos que você participou de vários projetos,relate-os.

 

    É verdade. Durante a graduação tive várias experiências. Posso afirmar que não houve experiências que me marcaram negativamente, pois acredito que mesmo que a experiência seja aparentemente ruim, ela contribui para que você aprenda com aquilo, portanto, torna-se positiva. Uma coisa que me marcou muito foi minha participação no PIBID, que é um programa da CAPES que oferece bolsas de iniciação a docência. Sinto-me muito grata de ter participado do programa. Aprendi muito, pois pude relacionar frequentemente a teoria, que aprendia na faculdade, com a prática na escola. Aconselho a qualquer estudante de licenciatura que estude em uma instituição de ensino que tenha esse programa a participar. É um aprendizado e tanto.

    Quanto aos projetos, em cada período temos a oportunidade de desenvolver projetos, pois a metodologia de trabalho de curso prioriza essa formação autônoma do estudante. Alguns projetos foram de âmbito institucional, como os projetos do PICPE (Programa de Iniciação Científica, Pesquisa e Extensão). Participei de dois: “A utilização do ambiente virtual de aprendizagem Moodle como apoio as atividades e disciplinas presenciais” e “O brinquedo e o brincar escolar em tempos de Cibercultura”. Projetos excelentes. Os resultados foram publicados pela instituição. Fica a dica para a publicação no blog!

Também fui monitora do Grupo de Estudos Independentes de Educação e Tecnologia, onde pude colaborar com o desenvolvimento deste blog e aprender muito sobre as tecnologias educacionais e educação a distância. Áreas no qual me dedico atualmente.

 

5- Visto que estamos sempre aprendendo, qual deve ser a postura do educando frente ao conhecimento?

 

    Conforme mencionei anteriormente, é muito importante que estejamos sempre aprendendo. E digo mais, devemos apreender, que é um modo mais sistemático do conhecimento. Acredito que o educando deve ser curioso, mas curioso do saber! Deve buscar mais, se interessar mais, participar mais. Lembro-me de um professor do curso dizer que nós, pedagogos, costumamos sempre falar da postura do aluno critico, reflexivo, autônomo, mas nos esquecemos da palavra “participativo”. E é verdade, o aluno deve buscar ser participativo, principalmente na graduação, onde ele estará se profissionalizado. Entrar para grupos de pesquisa, participar de monitoria, o que ele puder fazer para aquisição de conhecimento nesta fase é muito válido futuramente.

 

 6- O que você acha que o professor atual precisa fazer para que a informática, opere de modo qualitativo na educação?

 

    Bom, vejo a informática como ferramenta de conhecimento, onde o professor é que opera esse instrumento de modo que seja qualitativo. Não adianta a escola ter milhões de recursos informatizados no qual não se tem a dimensão de sua utilização. Acredito que a informática é um recurso que requer conhecimento por parte do educador. Existem atualmente inúmeros artigos científicos que comprovam que o trabalho com a informática no âmbito educacional é extremamente eficaz para a aprendizagem. Softwares, sites, games, tudo isso que aparentemente não surtia efeito positivo na vida de um aluno, ganha novas perspectivas. O que resta agora é a mudança de pensamento por parte do professor, pois vemos o quanto é difícil um professor abrir mão de sua prática tradicional para incorporar algo novo. Acredito pra começar é preciso primeiramente compreender que os alunos de hoje não são os mesmos de apenas cinco anos atrás. Essa nova geração já nasce inseridos no mundo da tecnologia. Essa frase parece até um jargão mais é a mais pura verdade. Apesar de ser nova (risos), eu fui aprender o que é computador com 16/17 anos de idade. Se compararmos com os dias de hoje, posso dizer que estou totalmente atrasada tecnologicamente falando, não é verdade?

 

7- De que forma você acha que o professor pode inserir, na prática docente, as tecnologias digitais midiáticas da comunicação e informação?

 

    Há inúmeras possibilidadesde inserir essas tecnologias na prática em sala de aula. Vamos pensar na prática: Um simples celular, que é tão polêmico nas salas de aulas, pode ser um instrumento educacional. Por exemplo, o professor de ciências pode solicitar que os alunos façam fotos, em seus celulares, dos acúmulos de lixo em seus bairros. Logo, pode propor que os alunos mostrem as imagens, amplificadas em um Datashow, para os demais alunos. Então, o professor, em seu papel de mediador, pode indagar os alunos acerca daquilo que eles estão presenciando ali. O desfecho desse debate pode render em uma grande aula sobre preservação da biodiversidade e de ecossistemas do planeta, não é verdade? Tudo depende da criatividade, da pesquisa, dos objetivos do professor e também do ouvir os alunos, já que eles sempre têm sugestões para dar.

 

 

8- Como pedagoga, o que você espera poder contribuir para melhorar a educação no Brasil?

 

    Essa pergunta envolve muitos outros aspectos que não compete só a educação em si e nem a mim. A política, a economia, são todos elementos que contribuem para uma educação de qualidade no Brasil. No entanto, como profissional da educação, acreditamos que possamos sempre fazer alguma coisa para melhorar a educação. E de fato podemos, mesmo que muito pouco, se compararmos ao nível de mudança nacional. Eu espero como pedagoga transpor para os sujeitos o desejo... Desejo de conhecer, de aprender, de participar, questionar, experimentar, enfim, desejo de vivenciar aquilo que está intrínseco no ser humano, que é a sede de saber.

    No dia 24 de novembro aconteceu o XII POÊTERÊ – “O olhar da poesia nas artes plásticas”, promovido pelo Centro Cultural FESO Pro Arte. Além do concurso de poesia, o evento trouxe na programação mesa-redonda com escritores, poetas e artistas plásticos convidados.
 
    Foram três categorias: Jovem Poeta, até 18 anos; Poeta, de 19 a 50 anos; e Poeta da maturidade, a partir de 51 anos. O estudante Cesar Dornelles, do 4º período do curso de Pedagogia, classificou-se em 3º lugar com a poesia Mundo na segunda categoria. Outro aluno, também do 4º período, Eduardo Carvalho, participou do evento com a linda e interessante poesia Sonho Eletrônico.

 

 

 Voltar a estudar... Será que ainda dá tempo? É com esse questionamento que nos direcionamos para um caso pessoal que merece nosso destaque.

     Veronica da Fonseca Cevidanes possui 37 anos, dois filhos com idades de dezessete e três anos. Atualmente está cursando o primeiro período do curso de Pedagogia do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO). Mas para Veronica chegar até uma universidade não foi tão simples assim.

     Quem nunca ouviu pelos corredores da vida a velha frase “Estudar agora? Mas você já passou da idade!”. Com certeza em algum momento nós já presenciamos estas palavras indelicadas. Em função desse pensamento absurdo, que muitas vezes influencia-nos, quantos sonhos já não foram retirados, e quantas vitórias já não foram resumidas em meras derrotas? Veronica foi rodeada desses questionamentos e dessas palavras negativas que poderia ser um empecilho para continuar caminhando. Além disso, já estava há vinte anos sem estudar, e tinha uma vida ramificada pela jornada de trabalho (como faxineira) e o desafio de ser mãe. No entanto, mesmo às vezes esmorecida, ela não desistiu. Após o trabalho com crianças em sua congregação religiosa, Veronica notou sua afeição com esses pequenos seres. Diante dessa característica ela optou pela formação em Pedagogia. Estudou bastante e passou no vestibular do UNIFESO. Com a solução na mão, Veronica pôde dar os seus primeiros passos... Passos persistente, passos firmes, passos que hoje tem reflexo de conquista.

     Refletimos então na resposta para a questão inicial, “será que ainda dá tempo de voltar a estudar?” Na verdade não é o tempo que define sua vida e sim o rumo que você toma nela. Voltar a estudar é acreditar em si mesmo, é reconhecer a importância de adquirir conhecimentos e competências que o conduzirão nos desafios da vida. Para Veronica era impossível a realização desta etapa tão importante, no entanto nas palavras dela “Nunca é tarde para começar!”.